sábado, 30 de janeiro de 2010
Ora ie iê!
Há 12 anos, atravesso um corpo que é todo rio e ele é meu labirinto. Perdi o fio do novelo que apontava a saída, quando soçobrei na vontade náugrafa de escrever-me em águas polimorfas e, inscrito avesso à massa volátil, existo à deriva, no deambular fluido de meus pés que, no fundo, nunca desejaram chegar.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Luthiers do tempo
Ao amigo Zé Carlos
Se o Tempo fosse instrumento,
apenas dois artífices
fabricariam o motor sinestésico dos tons, das cores, dos sons
no arpejo de cordas premidas na haste do vento
Se o Tempo fosse instrumento,
o gesso espesso nas mãos de Rodins e da Vincis
não se tornariam arte princeps de ateliers.
Na sombra, no vão, no hiato lato do momento
Paulinho e Gil - luthiers -
esculpiriam na precisão do corte
o próprio tempo – sepulcro da vida e da morte
Se o Tempo fosse instrumento,
apenas dois artífices
fabricariam o motor sinestésico dos tons, das cores, dos sons
no arpejo de cordas premidas na haste do vento
Se o Tempo fosse instrumento,
o gesso espesso nas mãos de Rodins e da Vincis
não se tornariam arte princeps de ateliers.
Na sombra, no vão, no hiato lato do momento
Paulinho e Gil - luthiers -
esculpiriam na precisão do corte
o próprio tempo – sepulcro da vida e da morte
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