quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Yes, we can!

Aos conexistas, filhos rebeldes

O poeta Damário Dacruz disse em um poema, certa vez, que “a possibilidade de arriscar é que nos faz homens”... O complexo jogo demasiadamente humano dos poderes reside no poder como “permitir” ser, no poder como “força” e no poder como “possibilidade”, todas estas instâncias negadas em diversas esferas aos pobres e pretos do país. O sorriso, o fuzil, a doença e o aperto (de mão) são, pois, fruto da mesma cordialidade perversa que deseduca e mata, provocando genocídios já naturalizados ante nossas retinas. Então, como poder?

A descoberta de Obama, como afroamericano, da possibilidade no jogo presidencial estadunidense é sintoma desse marco significativo na história de qualquer sujeito, sobretudo daqueles que tiveram historicamente sua capacidade e sua força negadas.

Hoje, vi jovens que tive o prazer de orientar junto com outros professores despertarem para a possibilidade e, no ímpeto silencioso do conhecimento de um átimo de seus próprios poderes, repetirem com Obama: Yes, we can. A força gólica que emerge desse gesto quase pueril é algo que não se pode mais conter, daí a quebra desses grilhões subjetivos poderão levar esses garotos e garotas simplesmente aonde eles quiserem. E eles se deram conta disso.

Quando olho nos olhos juvenis desses meninos e meninas negros na universidade, repito um pouco para mim mesmo, como educador, que ainda é possível. Sim, ainda é possível, Yes we can...

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